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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

I wanne be dirty!

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Sábado é meu aniversário. Vou fazer 25 anos. ADORO fazer aniversário!

Diferente de algumas, mesmo que eu saiba que estou ficando velha, nada me anima mais! Estou no meio da casa dos 20 anos, mas aparente estar no final da casa dos 10 anos. E hoje sei o que não tinha idéia antes: tenho sim todo o tempo pela frente.

Mesmo que olhe a minha volta e veja a quantidade absurda de adolescentes entrando no ramo do teatro musical, e cada vez mais eu veja colocarem pessoas de 19 anos para fazer papel de mulheres de 40, na minha cabeça isso só significa que as de 19 estão cada vez com mais cara de 40!

Mas o que eu mais amo mesmo ao fazer aniversário é lembrar de cada coisa incrível que aconteceu comigo nos anos passados.

Aos 6 anos de idade começou minha paixão por musicais quando eu vi pela primeira vez O Picolino junto com minha avó. Ela adora Fred Astaire e Ginger Rogers. Aos 7 anos começou minha paixão por ficção científica quando assisti pela primeira vez a Star Wars – Uma Nova Esperança que passava na TV, eu estava num réveillon em Brasília e todos os adultos estavam muito bêbados para se importar comigo. E aos 13 anos eu vi aquele que viria a ser meu musical favorito! O nº 1 no top 5 dos melhores musicais: The Rocky Horror Picture Show (Richard O’Brien – 1973/1975).

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Fãs fantasidos como os personagens em uma das exibições do filme.

Eu estava zapeando entre os canais da TV quando parei e vi uma gigantesca boca vermelha cantando uma deliciosa música sobre Flash Gordon e sua cueca prateada. Eu decorei todas as músicas na primeira vez que assisti. E só voltei a ver esse filme novamente quando tinha 17 anos e encontrei o VHS perdido num porão que servia de sebo de filmes no centro da cidade.

Rocky Horror foi um musical lançado em 1973 no West End (lógico!!!) que é uma homenagem aos clássicos de ficção científica B mas que ao mesmo tempo carrega toda a carga sexual da déc. de 70.

Criado por Richard O’Brien, que também estrelou no papel do mordomo Riff-Raff, o musical conta a história de Brad e Janet um casal de noivos que numa noite chuvosa resolvem ir até a casa de seu amigo e antigo professor Dr. Scott para contar as boas novas. Porém no meio da estrada eles se perdem e seu pneu fura! Oh céus! E são obrigados a pedir abrigo no castelo do Dr. Frank N. Furter, um cientista prestes a criar o homem perfeito!

Exatamente, Frank N. Furter é um cientista travesti do planeta Transilvânia Transexual e que está criando o seu homem perfeito, de nome Rocky, para satisfazer seus desejos sexuais… O que acontece quando Rocky nasce hetero?

Rocky Horror é o primeiro e único musical que eu já vi na vida que, além de toda a genialidade, não tem uma única música chata ou enjoativa. Todas as músicas casam perfeitamente em seus números musicais. As letras são engraçadas e profundas na medida certa. E até as coreografias (o coro de RHPS tem “bailarinos” altos, magros, baixos, gordos, velhos e novos) não poderiam ser mais bem executadas.

Agora os personagens são a grande pérola desse musical: todos são redondos e evoluem durante a história mostrando cada nuance de sua personalidade de maneira apaixonante.

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Os dois casais: Rocky & Frank e Janet & Brad

Brad e Janet são os que mais sofrem mudanças, pois nos representam. Eles são o ponto de vista do espectador “comum e ordinário” que é lançado ao louco mundo do Dr. Frank N Furter e termina amedrontado e apaixonado por ele ao mesmo tempo. Riff-Raff e Magenta vivem nessa tensão de cumplicidade e incesto que não há como não chamar atenção. Columbia e Eddie, meus favoritos, mostram a rebeldia sem causa que era presente na virada dos 60 para os 70. Dr. Scott mesmo aparecendo pouco é o responsável por um dos pontos de virada da trama. E é claro eles: Frank e Rocky, criador e criatura, um querendo e o outro precisando, juntos até o fim.

É impossível não amar Rocky Horror Picture Show. Aliais o Picture só existe no título do filme de 75, mesmo ano que a peça estreou na Broadway e no Brasil.

O elenco original da montagem do West End é quase idêntico ao do filme: Richad O’Brien como Riff-Raff, Patricia Quinn como Magenta, Little Neil como Columbia e Tim Curry como Frank N Furter. O filme teve a adição de Barry Bostwick e Susan Sarandon como Brand e Janet.

RHPS é uma das lembranças boas da minha vida, que sempre vão vir a cada aniversário que fizer. E caso você ainda não tenha assistido, favor ir correndo alugar o filme, comprar o DVD, baixar no torrent ou até mesmo esperar no dia 26 de outubro o episódio especial do seriado Glee que vai homenagear o filme.

Enfim. The Rocky Horror Picture Show senhoras e senhores:

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